sábado, 7 de maio de 2011

DEVERIA SER PERMITIDO O TRABALHO DE CRIANÇAS OU ADOLECENTES MENORES DE 14 ANOS PARA AJUDAR NO SUSTENTO DA FAMÍLIA?


Na contemporaneidade vivemos intensamente questionando-nos acerca do que é certo ou errado. Mas, isso não é mérito do homem contemporâneo e sim da raça humana, afinal somos dotados de inteligência, sem nos questionarmos acerca das coisas jamais evoluiríamos e viveríamos como no tempo das cavernas. Certamente o trabalho infantil é um destes temas que intriga o pensamento do homem atual e suscita diversos conceitos e normas.

“Para tudo há um tempo, para cada coisa há um momento debaixo dos céus” (Ecle. 3,1). Aprender ter responsabilidade e disciplina é algo fundamental para que um ser humano (criança) cresça com o intuito de uma vida digna e mais humana. A exploração do trabalho infantil não apresenta ao menor uma forma digna e humana de viver. Trabalhar nas carvoarias, pedreiras, madeireiras ou até mesmo a pior de todas as atividades, serem pedintes que compromete o psicológico e o emocional, uma vez que não ensina valores de comportamento morais e muito menos uma forma descente para se viver.

Partindo do pré-suposto de ajudar os pais no sustento da casa, o menor deve aprender a conviver com seus irmãos e ter certo carinho e cuidado consigo e com seus irmãos. Este tipo de trabalho em casa já ajudará bastante para que o pai ou a mãe, ou ainda um terceira pessoa que possa cuidar da criança na ausência ou óbito dos pais, possam buscar na rua um trabalho digno para o sustento da casa.

No entanto, a criança deve estar na escola, ter lazer e pela fragilidade da idade um bom descanso. Saber administrar o tempo será um desafio que esse menor enfrentará. Quando se encontra sobrecarregado com um trabalho externo, perde-se o sentido de ser criança, não que seja contra um adolescente ter uma atividade de no maximo 4h/dia, ajudando seus pais em uma lanchonete ou na loja da família, ou até mesmo fazendo farinha. Mas que o mesmo aprenda a administrar seu tempo e valorize a fase de vida em que está inserido, onde os estudos devem ser o foco principal para que em um futuro não muito longe, possa ter uma profissão e dar sustento a sua própria família.

O que muitas vezes acontece são pais que, em vez de ter seus filhos como apenas um suporte para o sustento familiar, mas na maioria das vezes os tem como o único sustento. Podemos perceber que, em grande parte desses casos, os pais são pessoas altamente autoritárias e não buscam desenvolver uma atividade, pondo toda responsabilidade nos menores e tirando sua forma infantil de viver e de aprender o verdadeiro sentido da vida.

Diego da Silva Mourão